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domingo, 29 de março de 2015

O CONDE DE MONTE CRISTO

O Conde de Monte Cristo

"Esperar e ter esperança."

Edmond Dantés é um jovem marinheiro que em uma viajem passa a controlar o navio após a morte de seu capitão, e ele faz isso tão bem que acaba caindo nas graças do chefe o Senhor Morrel e despertando a inveja de seus colegas, Edmond também tem uma noiva chamada Mercedes a mais bonita da cidade que também faz com que aumente ainda mais a inveja daqueles que o cercam. No dia de seu noivado com Mercedes Edmond é levado preso, acusado e condenado vitima de complô.
Edmond passa quatorze anos em uma masmorra e nesse tempo ele conhece o Abade Faria que ensina tudo a Edmond, desde de luta, história, ciência, matemática, etc, a partir desse momento Edmond começa a planejar sua vingança. Após a morte do Abade, Edmond foge da prisão e vai atrás daqueles que tramaram contra ele, usando conhecimento e dinheiro.
O que é mais interessante nessa história é que Edmond não faz nada de caso pensado, sua vingança é muito bem planejada e arquitetada tanto que ele leva dez anos para por em prática sua vingança, e nesse tempo nós deparamos com vários personagens que são muito bem construídos, e quando a vingança acontece Edmond não faz nada, ela simplesmente se desenrola como em um tabuleiro de xadrez onde Edmond coloca as peças e faz com que elas se movimentem sozinhas, os próprios personagens fazem com que a vingança se desenrole, e ao mesmo tempo nos deparamos com a briga interna que Edmond trava consigo mesmo, pensando em até que ponto a vingança pode trazer um bem para si mesmo.
Eu nunca tinha lido nada do Alexandre Dumas e fiquei simplesmente apaixonada. A escrita é deliciosa, delicada e fácil que faz você refletir. Edmond Dantés tem uma pitada de humor negro e sarcasmo que faz dele espetacular. Confesso que o livro algumas vezes se tornou cansativo não só por ser extenso, essa história era escrita  em folhetins então para amarrar o leitor o autor soltava vários ganchos para que o leitor lesse o próximo jornal, no dito popular o autor precisava "encher linguiça" mas ao mesmo tempo o autor brinca com o leitor e surpreende várias vezes. Além das reviravoltas o final é bem imprevisível que te deixa com a sensação de vários finais diferentes em sua cabeça.
Essa história já ganhou algumas adaptações para o cinema, já vou avisando o filme não tem nada haver com o livro, o último filme foi em 2002 com Jim Caviezel como conde que é sensacional.
Com certeza super recomendo esse livro, apesar de longo é uma história que vale muito a pena e ao mesmo tempo faz você refletir e se surpreender com os personagens. 
Por hoje é só, pra quem gostou deixe um comentário ou compartilhe até mais.

"As feridas morais têm essa particularidade: elas se escondem, mas não se fecham. Sempre dolorosas, prontas a sangrar quando tocadas, elas permanecem vivas e aberta no coração."

"Monte Cristo - Vampa tentou me raptar; mas fui eu, ao contrário, que o capturei junto com uma dúzia dos seus homens. Eu poderia tê-lo entregue à justiça romana, que é sumária e teria sido ainda mais célebre a seu respeito, mas não fiz nada disso. Mandei-os embora, ele e os comparsas.
- Com a condição de que não pecassem mais - disse o jornalista rindo. - Vejo com satisfação que cumpriram escrupulosamente tal promessa.
- Não senhores - responde Monte Cristo -, com a simples condição de que me respeitassem para sempre, a mim e aos meus amigos. Talvez lhes pareça estranho o que vou lhes dizer, aos senhores, socialistas, progressistas, humanitaristas; mas nunca me preocupo com o próximo, nunca tento proteger a sociedade que não me protege, e digo mais, que geralmente só se preocupa comigo para me prejudicar; negando-lhes minha estima e mantendo-me neutro a seu respeito, são a sociedade e o meu próximo que continuam a me dever."


OS FILMES

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(1934)                             (1975)

  

(1998)                         (2002)

"Franz: - A justiça humana deixa a desejar como consoladora; derrama sangue em troca de sangue, resumindo; temos que lhe pedir o que ela pode e não outra coisa.
- Apresento-lhes outro caso, agora material - continuou o conde -, em que a sociedade, atacada em sua base de sustentação pela morte de um individuo, vinga a morte com a morte; mas não existem milhões de dores capazes de rasgar as entranhas de um homem sem que a sociedade dê a mínima, sem que lhe ofereça o meio da vingança insuficiente ainda há pouco mencionado? Não existem crimes para os quais o empalamento dos turcos, os afogamentos dos persas, os nervos esmigalhados dos iroqueses seriam suplícios demasiadamente brandos e que, no entanto, a sociedade indiferente deixa sem castigo...? Responda, não existem esses crimes?
- Sim - respondeu Franz -, e é para puni-los que o duelo é tolerado.
- Ah, o duelo - exclamou o conde -, maneira delicada, penso eu, de alcançar seu objetivo, quando este é a vingança! Um homem raptou sua amada, um homem seduziu sua mulher, um homem desonrou sua filha; de uma vida inteira, que tinha o direito de esperar de Deus o quinhão de felicidade que ele prometeu a todo ser humano ao criá-lo, um homem fez uma existência de dor, miséria e infâmia, e o senhor se julga vingado porque nesse homem, que instilou o delírio em seu espírito e o desespero em seu coração, o senhor deu uma estocada de espada no peito ou alojou uma bala na cabeça?
Faça-me o favor! Sem contar que é ele que não raro sai triunfante da luta, limpo aos olhos do mundo e, de certa forma, absolvido por Deus. Não, não - continuou o conde -, se eu tivesse que me vingar, não seria assim que me vingaria."

LIVRO LIDO

O Conde Monte de Cristo
Alexandre Dumas
Editora: Zahar
Ano: 2012/Páginas: 1663

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