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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

O NOME DA ROSA

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"stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus."

Sinopse: Itália, 1327. O frei Guilherme de Baskerville recebe a missão de investigar a ocorrência de heresias em um mosteiro franciscano. Porém, a morte de sete monges em sete dias, em circunstâncias insólitas, muda o rumo da investigação. Primeiro romance de Umberto Eco, O nome da rosa foi publicado em 1980 e tornou-se um sucesso de vendas, fazendo com  que o italiano, conceituado professor de semiótica, alcançasse prestígio internacional como romancista. Marcada pela ironia de Eco, a narrativa é repleta de mistérios, com símbolos secretos e manuscritos codificados, mas também explora profundas questões filosóficas. Em 1986, O nome da rosa recebeu adaptação homônima para o cinema dirigida por Jean-Jacques Annaud e estrelada por Sean Connery e Christian Slater.

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"A juventude não quer aprender mais nada, a ciência está em decadência, o mundo inteiro caminha de cabeça para baixo, cegos conduzem outros cegos e os fazem precipitar-se nos abismos, os pássaros se lançam antes de alçar vôo, o asno toca lira, os bois dançam."

Como eu não li esse livro antes?
Pra quem gosta de investigação, símbolos secretos, acontecimentos misteriosos e gosta de Sherlock Holmes, esse livro é um prato cheio. 
Eu confesso que nunca li Sherlock Holmes e não conheço suas histórias, mas as referências que o autor faz a esse personagem são incríveis, a começar pelo nome do assistente de frei Guilherme que se chama Adso mas quando dito com rapidez soa como Watson, e no filme é usada a tão icônica frase: "Elementar meu caro." 
Mas vamos ao livro, eu tive um pouco de dificuldade no começo por conta das partes em latim que por vezes eram frases ou estrofes que tomam conta do livro, mas conforme a leitura foi avançado eu fui me acostumando e passei a devorar o livro. A cada página eu ficava mais e mais encantada. O autor faz longas descrições não só do cotidiano dos monges em um mosteiro medieval mas também do próprio mosteiro que parece ter vida própria. As longas discussões filosóficas rendem páginas e páginas e nos mostram a crise política-religiosa, religião e ciência e a religião e ela mesma, as divergências entre heresia e o senso de humor de Cristo, se ele ria ou não e que o riso era visto como pecado. 
O mosteiro possuía a maior biblioteca da cristandade contendo livros do mundo inteiro e de vários gêneros mas que eram proibidos a todos, não era a toa que a Idade Média foi chamada de Idade das Trevas por muito tempo devido ao domínio do obscurantismo. Eu amei o frei Guilherme, ele é sarcástico e irônico, possui uma grande sede por conhecimento e amor aos livros, mas o autor nos mostra que apesar de todo o conhecimento que ele possui não é perfeito.
Uma das cenas mais incríveis do livro sem dúvida é o momento em que eles se perdem no labirinto, e a cada vez que eles entravam lá era uma viagem. O trabalho de pesquisa histórica que o autor fez é sensacional. 
Muitos sentem medo ao encarar esse livro, e eu digo pra você que tem ele encostado na sua estante ou em algum lugar da casa, leia, não tenha medo. É um livro que exige atenção e esforço do leitor, as partes em latim são complicadas porque o livro não trás tradução e isso é proposital, a linguagem é bem arcaica mas isso não prejudica em nada o andamento e o entendimento da história, só precisa prestar atenção na ultima frase no fim do livro que tem a ver com o título, é um livro que devolve todo o esforço que o leitor faz na leitura. Vale muito a pena. 
Eu assisti ao filme, é bem fiel na medida do possível e o Sean Connery como frei Guilherme é sensacional. 
Eu recomendo fortemente a leitura desse livro, a escrita de Umberto Eco é deliciosa, tira o pó do seu livro e comece a ler que você não vai se arrepender. Eu vou deixar o link de compra dele aqui caso queira adquirir.
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"Como era belo o espetáculo da natureza não tocada ainda pela sabedoria, frequentemente perversa, do homem."

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LIVRO LIDO

O nome da rosa
Umberto Eco
Editora: BestBolso
Ano: 2012/Páginas: 592

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

RICARDO III


"Cavalo! Meu reino por um cavalo!
Escravo, arrisco a vida neste jogo,
E aceito a sorte que marca o dado:
Eu creio que há seis Richmonds neste campo,
E cinco eu já matei, em seu lugar.
Quero um cavalo em trova do meu reino!"

Sinopse: Ricardo III é uma peça que narra um pedaço da história da Inglaterra. Encenada pela primeira vez em 1592 e 1593, com enorme sucesso, se passa no final da Guerra das Rosas, conflito sucessório pelo trono da Inglaterra ocorrido entre 1455 e 1485 que coloca em choque político os dois ramos da dinastia Plantageneta: a Casa Real de York e a Casa Real de Lancaster.
A peça oferece uma visão rica dos bastidores políticos no que se refere à imoralidade e à ambição desmesurada para chegar ao poder. Ricardo, Duque de Gloucester - que de fato governou a Inglaterra
de 1483 a 1485 -, não sente remorso algum ao eliminar seus adversários, tramando complôs, traindo familiares e casando-se por interesse com o único fim de chegar ao trono.
Shakespeare retratou Ricardo III exagerando-lhes as características físicas de feiura e sua maldade pessoal, criando um vilão fascinante aos olhos do leitor. Além disso, os diálogos elaborados pelo autor no fim do século XVI chegam ao século XXI, por meio desta tradução, em toda a sua força, carregados de maldades, ressentimentos e ódios à flor da pele, legítimos duelos verbais.  

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Que peça senhoras e senhores.
Não sei nem o que dizer dessa peça, eu simplesmente amei. É magnifica.
É uma das maiores peças de Shakespeare ficando atrás de HamletÉ uma das peças mais longas que eu li até agora, tanto que ela não chega a ser encenada inteira devido a sua longa extensão. Ela contém nada mais e nada menos do que 54 personagens e todos com falas, por isso ela vai exigir um pouco de atenção do leitor porque muitos dos personagens tem o mesmo. 
Ricardo III é um daqueles vilões que todo mundo odeia mas que ama odiar, ele é cínico,dissimulado, manipulador, sarcástico e totalmente desprovido de consciência (ou quase), por mais asqueroso que ele seja você quer continuar lendo a peça pra saber no que vai dar todas aquelas tramoias.
É um texto magnifico, amei essa peça. A narrativa é bem fluida,  os fantasmas das pessoas que Ricardo matou e resolvem visita-lo antes da batalha é uma cena incrível, e a cena de Margaret de Gales jogando pragas também é uma das melhores e que encenadas devem ser hipnóticas.
Por ser uma peça histórica é preciso conhecer um pouco sobre o período em que a história da peça se passa, mais especificamente no fim da Guerra das Rosas que é o conflito entre as casas Lancaster e York e que durou por volta de 30 anos, e ambas essas casas faziam parte da dinastia Plantageneta, ou pelo menos que já tenha lido as três peças sobre Henrique VI
É uma peça que eu recomendo fortemente a leitura e apesar de ser longa não é cansativa, essa peça se encontra no terceiro e último volume - Peças Históricas do Box Grandes Obras de Shakespeare e faz parte do Projeto de Leitura Lendo Shakespeare que já está chegando ao fim, e a próxima leitura será da peça Ricardo II. Eu vou deixar aqui embaixo o link de compra dessa e outras edições.
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LIVRO LIDO

Grandes Obras de Shakespeare
Peças Históricas - Volume três 
Peça Lida: Ricardo III
William Shakespeare
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2017/Páginas: 608

sábado, 16 de novembro de 2019

A TEMPESTADE


Sinopse: Uma ilha é habitada por Próspero, Duque de Milão, mago de amplos poderes, e sua filha Miranda, que para lá foram levados à força, num ato de traição política. Próspero tem a seu serviço Caliban, um escravo em terra, homem adulto e disforme, e Ariel, o espírito servil e assexuado que pode se metamorfosear em ar, água ou fogo. Os poderes eruditos e mágicos de Próspero e Ariel combinam-se e, depois de criar um naufrágio, Próspero coloca na ilha seus desafetos (no intuito de levá-los à insanidade mental) e um príncipe, noivo em potencial para a filha. Se o amor acontece entre os dois jovens, se a vingança de Próspero é bem-sucedida, se Caliban modifica-se quando conhece os poderes inebriantes do vinho numa cena cômica com outros bêbados, tudo isso Shakespeare nos revela no enredo desta que por muito é considerada sua obra-prima - uma história de dor e reconciliação.  


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Sem dúvida é uma peça cheia de fantasia, mitologia, vingança, romance e perdão. É uma peça completa.
Mas infelizmente não me agradou muito, ao longo na narrativa ela trata sobre a vingança, porém quando chega no final você percebe que a peça é mais sobre perdão, porque o personagem principal acaba tomando algumas atitudes que são bem inesperadas justamente por conta da vingança que permeia a narrativa. Eu achei uma peça bem confusa principalmente quando os personagens resolvem dialogar, e são muitos. 
Tem um momento em que quatro personagens estão dialogando, e esses diálogos se intercalam mas ai dois conversam entre si ao mesmo tempo e de repente um quinto que você nem lembrava da existência aparece e vira uma miscelânia.

Apesar de estar em um livro que contém comédias, eu não consigo enxerga-la como uma comédia, eu achei bem confusa, das quatro peças que estão no segundo volume do Box Grandes Obras de Shakespeare essa foi a que eu menos gostei, menos até do que A Megera Domada. Os diálogos são estranhos, as vezes os personagens não falam coisa com coisa é uma peça bem esquisita, eu não sei se eu não entendi direito, muito provavelmente deve ser isso, mas no futuro pretendo fazer uma releitura dela pra tirar essa má impressão que eu fiquei com essa peça. Essa foi a última peça do segundo volume de título Comédias que faz parte do Box Grandes Obras de Shakespeare. A próxima leitura será do terceiro volume de título Peças Históricas que faz parte do mesmo box, e contém quatro peças: Ricardo III, Ricardo II, Júlio César e Antônio e Cléopatra. E a primeira a ser lida será Ricardo III. Essa leitura faz parte do projeto Lendo Shakespeare, eu vou deixar aqui o link da compra na Amazon.
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"DITO POR PRÓSPERO
Os meus encantos se acabaram,
E as minhas forças, que restaram,
São fracas, e eu sei verdadeiro
Que ou cá me fazem prisioneiro
Ou podem me mandar pro lar.
Não me obriguem a ficar - 
Já que ganhei o meu ducado
E quem fez mal foi perdoado - 
Nesta ilha que é só deserto,
Lançando-me encontro esperto.
Quebrem os meus votos vãos
Com a ajuda de suas mãos;
Minhas velas, sem suas loas,
Já murcham as propostas boas,
Que eram de agradar. Não tenho
Mais arte, espírito ou engenho:
Meu fim será desesperação
Se não tiver oração,
Que pela força com que assalta
Obtém mercê pra toda falta.
Quem peca e quer perdão na certa
Por indulgência me liberta."

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LIVRO LIDO

Grandes Obras de Shakespeare - Comédias - Volume 2
Obra Lida: A Tempestade
William Shakespeare
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2017/Páginas: 448

domingo, 10 de novembro de 2019

O CORAÇÃO DELATOR - 1843


"Defino a poesia das palavras como 
Criação rítmica da Beleza. 
O seu único juiz é o Gosto."
Edigar Allan Poe

Resenha: O narrador da história que não se sabe o nome vive com um senhor que também não se sabe o nome ou qual é o parentesco com o narrador. O narrador nos conta que esse senhor é muito rico, nunca fez mal a ninguém e o narrador nunca desejou seu ouro, não tem nada contra o velho até gosta dele porém ele tinha uma certa obsessão com o olho, ele diz que um dos velhos do velho parecia ser um abutre. 
O olhar do velho acaba mexendo com sua cabeça e ao longo na narrativa ele conta que decide matar o velho, simples assim. Ele planeja esse assassinado durante 7 dias, e todos os dias a meia noite ele vai até o quarto desse senhor, e esse processo demora em torno de uma hora só pra ele colocar a cabeça inteira através da porta e ficar observando. Mas era muito difícil ele executar o trabalho porque o velho estava sempre com o olho fechado, porque não era o velho que o incomodava mas sim o seu mau-olhado. Quando chegou no sétimo dia ele voltou no quarto com uma lanterna, ele sempre levava uma lanterna porque o quarto era muito escuro, ele acaba batendo o dedo em um ferrolho fazendo barulho e acordando o velho, só que esse senhor não faz nada e fica ali apenas sentado na cama sem reação e isso acaba durando muito tempo enquanto o narrador fica só observando. 
A partir dai a narrativa muda ficando cada vez mais sombria e sinistra, o narrador fica ali esperando o velho dormir e decidi ligar a lanterna, quando ele faz isso a luz vai direto no olho do senhor que estava aberto, ele dá um pulo em cima do senhor para mata-lo e depois que ele morre o narrador desmembra todo corpo do velho e coloca os pedaços embaixo do assoalho, ele faz isso de uma forma tão organizada e limpa que não deixa vestígio nenhum.  Quando o senhor é atacado ele acaba dado um grito, um vizinho escuta e chama a policia, a policia chega na casa do narrador e... eu vou parar por aqui.

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"É VERDADE! Nervoso - muito nervoso, pavorosamente nervoso tenho estado e estou; mas por quê dirá que estou louco? A doença aguçou-me os sentidos - não os destruiu - não os atenuou. Mais que todos, o sentido da audição foi intensificado. Eu ouvia tudo, do céu e da terra. Eu ouvia muitas coisas do inferno. Como, então, estou louco? Ouça com atenção! E observe a sanidade, a calma com que posso contar a você toda a história."

Esse conto é extremamente bizarro mas ao mesmo tempo mostra o que a mente humana é capaz de fazer quando o real se confundi com o imaginário. É um conto de terror psicológico pontuando o despertar da maldade, até que ponto o ser humano pode chegar para dar fim em algo que pode ser pura superstição? 
Esse é o segundo conto que leio do Edgar Allan poe e gostei muito, é um conto bem curto com uma narrativa bem fluída que faz com que o leitor mergulhe na história e na loucura do narrador se tornando um cúmplice silencioso do crime, no final da história o narrador oscila entre sanidade e loucura, e o mais bacana é que esse conto foi baseado em um caso real que aconteceu em Massachusetts em 1831.
Eu gostei bastante dessa leitura e pretendo continuar lendo outros contos do autor. Recomendo muito a leitura, vale muito a pena conhecer as obras de Edgar Allan poe. Tem um post sobre o conto O Corvo aqui no blog caso queira dar uma olhada e vou deixar aqui embaixo o link de compra na Amazon. 
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O Corvo e outros contos: https://redir.lomadee.com/v2/31495767591

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"Agora essa é a questão. Você acha que estou louco. Loucos não sabem de nada. Mas você deveria ter me visto. Devia ter visto com que sensatez eu agi, com que cuidado - e que prudência - com que dissimulação fiz meu trabalho! Eu nunca tinha sido tão amável com o velho como fui durante toda a semana antes de matá-lo."

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LIVRO LIDO

O Corvo e outros contos
Edgar Allan Poe
Editora: Pandorga
Ano: 2018/Páginas: 120

domingo, 3 de novembro de 2019

O MERCADOR DE VENEZA


Sinopse: Bassânio, nobre veneziano que malbaratou seus bens, pede ao amigo Antônio, rico mercador, três mil ducados para poder prosseguir com dignidade o noivado com a rica herdeira Pórcia. Antônio se dispõe a tomar emprestado o dinheiro a Shylock, agiota a quem antes havia insultado por causa da usura que exercia. Este consente em emprestar o dinheiro sob uma condição: se a quantia não for paga no prazo fixado, Shylock terá direito a uma libra de carne do corpo de Antônio. 


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Mais uma obra prima de Shakespeare.

Essa peça não é apenas uma comédia, ela envolve tudo, comédia, romance e tragédia. É uma peça bem divertida mas também muito incomoda por conta do seu antissemitismo bem explicito, mas tem motivo para isso. A rainha Elizabeth I tinha um médico português que era judeu e alcançou grande prestigio na corte, porém foi acusado de tentar matar a rainha e acabou sendo assassinado por isso, e por conta dessa loucura toda surgiu uma peça chamada O Judeu de Malta de Christopher Marlowe onde o personagem principal chamado Barrabás que é um judeu, é extremamente cruel e sanguinário e fez um grande sucesso na época.
Em O Mercador de Veneza a peça tem um tom antissemita bastante forte porém o judeu Shylock é totalmente diferente de Barrabás, tanto que as falas do Shylock são as mais bonitas de toda a peça.
O que Shylock pede ao Antônio é um pouco cruel mas se for analisar, Shylock foi muito mal tratado pelo Antônio e pelo outros também, dá pra entender suas razões, não que ele esteja certo mas Shylock quer a carne do Antônio por vingança e ressentimento, mas ao mesmo tempo ele não quer ser o autor do ato, e ele fala ao longo de toda a peça que se fosse com um cristão será que ele faria diferente? Ele seria mais misericordioso? 
É uma peça muito interessante que trás todas essas questões, é bem antissemita mas o que o autor faz aqui é problematizar a situação. 
A escrita desse texto é mais leve, o autor mistura prosa e poesia. Eu gostei muito desse texto pela fluides que ele tem, é uma delicia de se ler, bem diferente das outras peças. Eu fiquei bastante surpresa foi mais uma experiência deliciosa poder ler. Valeu muito a pena e recomendo fortemente a leitura. Essa foi mais uma leitura que faz parte do Projeto Lendo Shakespeare, essa peça se encontra no segundo volume Comédias que faz parte do Box Grandes Obras de Shakespeare, e a próxima leitura será da peça A Tempestade. Eu vou deixar aqui embaixo o link de compra do box e outras edições de O Mercador de Veneza.
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"Shylock - Se não nutrir mais nada,
nutrirá minha vingança. Ele me desgraçou, prejudicou - 
me em meio milhão; riu-se das minhas perdas, caçoou
dos meus lucros, escarneceu minha estirpe, atrapalhou
meus negócios, esfriou minhas amizades, afogueou meus
inimigos; e por que razão? Eu sou judeu. Um judeu não
tem olhos? Um judeu não tem mãos, órgãos, dimensões,
sentidos, afeições, paixões? Não é alimentado pela mesma
comida, ferido pelas mesmas armas, sujeito às mesmas
doenças, curado pelos mesmos meios, esquentado e 
regelado pelo mesmo verão e inverno, tal como um
cristão? Quando vós nos feris, não sangramos nós?
Quando nos divertis, não nos rimos nós? Quando nos 
envenenais não morremos nós? E se nos enganais, não
haveremos nós de nos vingar? Se somos como vós em 
todo o resto, nisto também seremos semelhantes. Se
um judeu enganar um cristão, qual é a humildade que 
encontra? A vingança. Se um cristão enganar um judeu, 
qual deve ser seu sentimento, segundo o exemplo cristão?
A vingança, pois. A vileza que me ensinais eu executo, e, 
por mais difícil que seja, superarei meus mestres."

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LIVRO LIDO

Grandes Obras de Shakespeare - Comédias
Obra Lida: O Mercador de Veneza
William Shakespeare
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2017/Páginas: 448