"Defino a poesia das palavras como
Criação rítmica da Beleza.
O seu único juiz é o Gosto."
Edigar Allan Poe
Resenha: O narrador da história que não se sabe o nome vive com um senhor que também não se sabe o nome ou qual é o parentesco com o narrador. O narrador nos conta que esse senhor é muito rico, nunca fez mal a ninguém e o narrador nunca desejou seu ouro, não tem nada contra o velho até gosta dele porém ele tinha uma certa obsessão com o olho, ele diz que um dos velhos do velho parecia ser um abutre.
O olhar do velho acaba mexendo com sua cabeça e ao longo na narrativa ele conta que decide matar o velho, simples assim. Ele planeja esse assassinado durante 7 dias, e todos os dias a meia noite ele vai até o quarto desse senhor, e esse processo demora em torno de uma hora só pra ele colocar a cabeça inteira através da porta e ficar observando. Mas era muito difícil ele executar o trabalho porque o velho estava sempre com o olho fechado, porque não era o velho que o incomodava mas sim o seu mau-olhado. Quando chegou no sétimo dia ele voltou no quarto com uma lanterna, ele sempre levava uma lanterna porque o quarto era muito escuro, ele acaba batendo o dedo em um ferrolho fazendo barulho e acordando o velho, só que esse senhor não faz nada e fica ali apenas sentado na cama sem reação e isso acaba durando muito tempo enquanto o narrador fica só observando.
A partir dai a narrativa muda ficando cada vez mais sombria e sinistra, o narrador fica ali esperando o velho dormir e decidi ligar a lanterna, quando ele faz isso a luz vai direto no olho do senhor que estava aberto, ele dá um pulo em cima do senhor para mata-lo e depois que ele morre o narrador desmembra todo corpo do velho e coloca os pedaços embaixo do assoalho, ele faz isso de uma forma tão organizada e limpa que não deixa vestígio nenhum. Quando o senhor é atacado ele acaba dado um grito, um vizinho escuta e chama a policia, a policia chega na casa do narrador e... eu vou parar por aqui.
"É VERDADE! Nervoso - muito nervoso, pavorosamente nervoso tenho estado e estou; mas por quê dirá que estou louco? A doença aguçou-me os sentidos - não os destruiu - não os atenuou. Mais que todos, o sentido da audição foi intensificado. Eu ouvia tudo, do céu e da terra. Eu ouvia muitas coisas do inferno. Como, então, estou louco? Ouça com atenção! E observe a sanidade, a calma com que posso contar a você toda a história."
Esse conto é extremamente bizarro mas ao mesmo tempo mostra o que a mente humana é capaz de fazer quando o real se confundi com o imaginário. É um conto de terror psicológico pontuando o despertar da maldade, até que ponto o ser humano pode chegar para dar fim em algo que pode ser pura superstição?
Esse é o segundo conto que leio do Edgar Allan poe e gostei muito, é um conto bem curto com uma narrativa bem fluída que faz com que o leitor mergulhe na história e na loucura do narrador se tornando um cúmplice silencioso do crime, no final da história o narrador oscila entre sanidade e loucura, e o mais bacana é que esse conto foi baseado em um caso real que aconteceu em Massachusetts em 1831.
Eu gostei bastante dessa leitura e pretendo continuar lendo outros contos do autor. Recomendo muito a leitura, vale muito a pena conhecer as obras de Edgar Allan poe. Tem um post sobre o conto O Corvo aqui no blog caso queira dar uma olhada e vou deixar aqui embaixo o link de compra na Amazon.
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O Corvo e outros contos: https://redir.lomadee.com/v2/31495767591
"Agora essa é a questão. Você acha que estou louco. Loucos não sabem de nada. Mas você deveria ter me visto. Devia ter visto com que sensatez eu agi, com que cuidado - e que prudência - com que dissimulação fiz meu trabalho! Eu nunca tinha sido tão amável com o velho como fui durante toda a semana antes de matá-lo."
LIVRO LIDO
O Corvo e outros contos
Edgar Allan Poe
Editora: Pandorga
Ano: 2018/Páginas: 120
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