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terça-feira, 18 de agosto de 2015

ORGULHO E PRECONCEITO

  Orgulho e Preconceito

"É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, de posse de boa fortuna, deve estar atrás de uma esposa."

A história se passa na Inglaterra no final do século XVIII vai contar um pouco sobre a Elizabeth Bennet e sua família, os pais tiveram 5 filhas Jane, Elizabeth, Mary, Catherine e Lydia. O pai passava por dificuldades financeiras o que era muito complicado porque naquela época as mulheres não tinha direito a herança somente se tivesse filhos homens e no caso dessa família foram 5 meninas, a mãe era completamente obcecada pra casar as filhas, a vida dela era arrumar um bom casamento pra elas. Até que tudo muda com a chegada de um rapaz de família rica na cidade que é o Senhor Bingley um jovem muito bonito e simpático, e junto com ele vem o senhor Darcy que é arrogante, antipático e mal humorado. Durante um baile que acontece na cidade o senhor Bingley se apaixona por Jane a irmã mais velha de Elizabeth e a mãe vê uma boa oportunidade de casamento pra filha, já Elizabeth acaba se interessando por Darcy que a despreza no baile e por conta disso os dois passam a entrar em conflito e a partir dai a história se desenrola.

"- Você vai achar o senhor Darcy muito simpático.
- Deus me livre! Seria o maior dos infortúnios! Achar simpático um homem que você está decidia a odiar! Não deseje esse mal."

Gostei muito da Elizabeth ela é super inteligente e sempre tem uma resposta pronta com uma pitada de ironia na ponta da língua super decidida não deixa ninguém humilha-la, sem falar também do pai dela que é super engraçado. Foi a primeira vez que li Jane Austen gostei muito dos personagens e as criticas sociais que o livro traz mostrando a futilidade da época, os casamentos arranjados e que se mulher não soubesse costurar, desenhar e tocar piano não servia pra nada. 
O que não gostei nesse livro foi justamente o romance, estava achando tudo muito divertido no começo mas depois... eu tinha dito aqui uma vez que detesto romances e que para eu gostar de um ele precisa ser muito bom, mas muito bom mesmo, existem adaptações para o cinema como a de 2005 com Keira Knightley e Matthew Macfadyen e gostei muito do filme achei bem fiel ao livro, a única coisa incomoda no filme é a interpretação de alguns personagens que foge bastante, e a outra adaptação é a série de 6 episódios de 1995 da BBC com Jennifer Ehle e Colin Firth que é perfeita. 
Apesar de preferir bem mais o filme, eu indico o livro pra você que gosta de romance com um final feliz esse é uma boa pedida mas pra você ai que não gosta também pode ler pra passar o tempo é uma leitura leve, e divertida. Essa minha edição é da Penguin muito boa com uma fonte razoável apesar de ser uma capa simples sem orelha achei bem bonita e estava super em conta.
É isso, se você gostou deixe um comentário ou compartilhe e até mais.

"É razoável; mas não é bonita o bastante para me tentar."
"Eu poderia facilmente perdoar o orgulho dele, se não tivesse ofendido o meu."

FILMES

                                                          1940                            1995
                      Resultado de imagem para orgulho e preconceito filme 2003
                   2005







LIVRO LIDO

Orgulho e Preconceito
Jane Austen
Editora: Penguin Books
Ano: 2011/Páginas: 576

domingo, 9 de agosto de 2015

OS IRMÃOS KARAMÁZOV

Os Irmãos  Karamázov

"Às vezes, comparam a crueldade dos homens com a das feras; isso é um insulto às feras. Os animais nunca chegam aos requintes do homem. O tigre mata a presa e a devora; isso é tudo. Ele jamais imaginaria que fosse possível deixar pessoas pregadas pelas orelhas a noite inteira, mesmo se o tigre tivesse uma imaginação muito rica.
- Penso que, se o diabo não existe... se ele foi criado pelo homem... o homem fez o diabo à sua imagem e semelhança."

Na Rússia do século 19 o livro vai trazer a história de Fiódor Pavlovitch Karamázov que leva uma vida de boêmio com muita bebida, jogos e mulheres, que se tornou rico após herdar os dotes de suas duas esposas falecidas precocemente. Do primeiro casamento veio o filho mais velho Dmitri que é criado de inicio pelo empregado da casa e logo depois é levado embora por um parente da primeira esposa, do segundo casamento teve dois filhos, Ivan e Aliêksei que é chamado de Aliocha também são criados separadamente por parentes da mãe, e Smerdiakov que supostamente seria filho bastardo de Fiódor com uma mendiga e que vivia na casa como um empregado do próprio pai. 
Depois de muitos anos os 3 irmãos são chamados para uma reunião de família com o pai, onde Dmitri sem esconder o ódio que sente pelo pai arma uma briga porque quer receber a herança que a mãe deixou e declara que é dele por direito e acusa o pai de roubo, e não satisfeito seu ódio aumenta ainda mais quando descobre que ele e o pai estão apaixonados pela mesma mulher, Gruchénka que tem uma péssima reputação. No meio de uma discussão Dmitri chega a agredir o pai e diz que ainda vai mata-lo, até que o fato realmente acontece e o velho Fiódor é assassinado e Dmitri é acusado.


O nome Karamázov foi forjado a partir de um plural composto de duas palavras russas: 
kara: castigo ou punição, e  mázat: sujar, pintar, não acertar, que  significaria; aquele que com seu comportamento desacertado provoca a própria punição.


Escrito em 1879 Freud afirmou que é uma das mais importantes obras das literaturas russas e mundiais e realmente é uma obra grandiosa, ao longo da história vamos acompanhar a relação de Fiódor com os filhos e a relação dos irmãos entre si, onde vemos Dmitri o irmão mais velho que tem um comportamento rebelde igual ao pai que vive pedindo dinheiro e sempre arruma confusão, o do meio Ivan que é um estudioso que gosta de mostrar suas ideias e o caçula Aliocha que vive em um mosteiro e é aquele tipo de pessoa boa e Smerdiakov que é um psicopata total.
Durante toda a leitura o autor traz temas como o parricídio, questões psicológicas e o ponto auto do livro além do parricídio será a religiosidade "Deus existe ou não existe?", quem levanta essa questão é Ivan em uma discussão com Aliocha que tenta convencer o irmão dando argumentos de que Deus não existe, e ai chega o ponto auto da história onde Ivan nos mostra um poema narrado chamado "O Grande Inquisidor" que é simplesmente sensacional e por si só é uma obra prima dentro livro. Mas um aviso se você é um ateu muito fervoroso ou de uma religião "X", leia esse capítulo com muito cuidado pra não pegar raiva do livro se você se sentir ofendido ou achar que é muita besteira passe o capítulo para não perder as outras coisas boas que o livro tem, principalmente quando chega no julgamento é espetacular.
É simplesmente incrível como o autor consegue desnudar totalmente a alma humana, mostrando como o ser humano pode ser bom mas ao mesmo tempo vil, como o próprio autor diz "todos nós temos um pouco de Karamázov", não tem como você não se identificar com os personagens, confesso que tive um pouco de medo de ler este livro nunca tinha lido nada do Dostoiévski, não foi uma leitura fácil tive dificuldade algumas vezes tanto que tive que voltar determinados capítulos e ler de novo, é uma leitura que exige muita concentração tanto que levei dois meses e meio para terminar, mas que não tem como você não amar.
O livro é muito bem escrito e descrito, os personagens são um show a parte cada um com sua personalidade bem definida, você consegue saber quem é quem e enxergar cada um, é uma história que vai fazer você pensar, vai te trazer muitas questões e reflexões que vai fazer você começar a pensar de uma forma diferente. Esta história teve algumas adaptações para as telinhas que são incríveis principalmente a de 1958 com Yul Brynner como Dmitri é sensacional.
É uma leitura que recomendo muito, quero muito ler outros livros do autor principalmente Crime e Castigo.
É isso, se você gostou deixe um comentário ou compartilhe e até mais. 

"Amo", ele me dizia, "a humanidade; mas, para minha surpresa, quanto mais amo a humanidade em geral, menos amo as pessoas em particular, como indivíduos. Mais de uma vez, sonhei ardentemente em servir a humanidade, e talvez até subisse ao calvário por meus semelhantes, se fosse preciso, enquanto não consigo viver com ninguém por dois dias no mesmo quarto - sei por experiência. Quando vejo alguém perto de mim, sua personalidade oprime meu amor-próprio e incomoda a minha liberdade. Em vinte e quatro horas, posso chegar a sentir antipatia pelas melhores pessoas: por uma porque passa muito tempo comendo, por outra porque está resfriada e espirra sem parar. Assim que entro em contato com os homens, torno-me inimigo deles. Em compensação, invariavelmente, quanto mais detesto as pessoas em particular, mais ardo de amor pela humanidade em geral."


Notas de Dostoiévski para o quinto capítulo de Os irmãos Karamázov


FILMES
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1958                            1969
     2009




LIVRO LIDO

Os Irmãos Karamázov
Fiódor Dostoiévski
Editora: Matin Claret
Ano: 2013/Páginas: 912