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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

KATHERINE


"Exaltados sede vós e vosso nome,
Deusa do Renome ou da Fama!

"Senhora", disseram eles, "Estamos
Aqui para vos suplicar
Que nos concedais bom nome."

"Eu vos previno", disse ela pouco depois;
"Não conseguireis de mim bom nome algum,
Por Deus! Portanto, segui vosso caminho."
"Ai!", disseram, "Que tristeza!
Então dizei-nos, por quê?"
"Porque não me apraz falar", disse ela."

"The House of Fame", Geoffrey Chaucer

Sinopse: Inglaterra, século XIV. A nobreza observa com desconfiança o rei Eduardo III, que se diverte com sua amante enquanto a rainha sofre com uma grave doença. Nesse meio-tempo, quando os herdeiros começam a pensar na sucessão e buscam expandir os domínios ingleses, Katherine de Roet, uma jovem de 15 anos de origem humilde, se vê mergulhada numa atmosfera de riqueza, libertinagem, traição e intriga.
Filha mais nova de um cavaleiro sagrado pelos bons serviços à Coroa, Katherine chega à corte por intermédio da irmã, dama de companhia da rainha enferma. Sua beleza e graciosidade logo chamam a atenção dos homens, que, mal-intencionados, se aproximam dela. Um deles, porém, não só resiste a seu charme como também a protege; João de Gaunt, o mais orgulhoso dos filhos do rei. Ao impedir as investidas de um de seus subordinados, João se torna uma figura mítica aos olhos da jovem.
No entanto, ela não poderia imaginar que a trajetória de ambos estava destinada a se cruzar muitas vezes. Após a morte da primeira esposa, João se vê perdidamente apaixonado por Katherine, então presa a um casamento infeliz. A partir desse momento nada mais será o mesmo: envoltos tanto pelas artimanhas do poder quanto pela paixão, ambos se veem dispostos a tudo para concretizar seu amor.

Bom esse livro é um daqueles romances clássicos, não tem muitas cenas de ação ou de batalhas, apesar dele ser um pouco água com açúcar em alguns momentos não chega a ser meloso, ele acaba te prendendo não só pelas conspirações politicas da época, a devastação da peste negra, e religiosidade em excesso na época e os próprios personagens que são fantásticos.
Ele demorou  pra engrenar no começo, mais depois de 20, 30 paginas a história deslanchou, deu algumas osciladas em alguns momentos, tem varias reviravoltas, e o final é incrível. A autora conseguiu contar essa história de uma forma delicada que se torna uma leitura deliciosa e super fácil, apesar do tamanho do livro a leitura flui muito bem e sem falar que o livro esta repleto de poemas que foram escritos nessa época. É uma história delicada e ao mesmo tempo de uma profundidade que você se vê dentro da história, apesar de não ser fã de romances eu gostei bastante deste livro, super recomendo pra quem gosta de romances clássicos esse livro é uma boa pedida. Muito bom!!

É isso Natal passou, desejo a todos um feliz Ano Novo e um ótimo 2015 com muitas coisas boas, semana que vem eu volto pra mostrar o que chegou no correio e o que eu comprei no mês de dezembro, e pra quem gostou deixe um comentário ou compartilhe e até mais.

 
(João de Gaunt)                                       (Katherine de Roet)

Sem dúvida, João de Gaunt e Katherine de Roet, a filha do arauto, cumpriram a antiga profecia: "Vós tereis reis embora não o sejais."

  

(O tumulo maior da direita é o de Katherine e o menor da esquerda é o de sua filha Joan perto do altar-mor da Catedral de Lincoln)



Catedral de Lincoln

A casa onde Katherine viveu quando casou

    

(Brasão de Katherine)          (Brasão de João de Gaunt) 


LIVRO LIDO

Katherine
Anya Seton
Editora: Record
Ano: 2014/Páginas: 686
  

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

OS MISERÁVEIS

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"Enquanto, por efeito de leis e costumes, houver proscrição social, forçando a existência, plena civilização, de verdadeiros infernos, e desvirtuando, por humana fatalidade, um destino por natureza divino; enquanto os três problemas do século - a degradação do homem pelo proletariado, a prostituição da mulher pela fome, e a atrofia da criança pela ignorância - não forem resolvidos; enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, e de um ponto de vista mais amplo ainda, enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis."
Victor Hugo
Hauteville-House, 1862



Olá, depois de 2 meses e meio eu venho finalmente falar sobre o incrível, espetacular Os miseráveis de Victor Hugo. Depois que terminei esse livro ainda fiquei um tempo ensaiando em como iria falar dele. Essa edição que vocês estão vendo na foto é uma edição de bolso da Cosac Naify em dois volumes eu tenho uma outra edição que foi lançada recentemente já postei foto dele aqui no blog, mas eu optei ler essa edição porque fica mais fácil de levar na bolsa né, e pra quem gosta de carregar os livros essa uma boa pedida. Eu vou começar contando rapidamente a história que eu acredito que muitos já devem conhecer pelo menos um pouco.
O livro vai contar a história de Jean Valjean que na juventude foi preso por roubar um pão e condenado à trabalhos forçados nas galés, ele tenta fugir algumas vezes e isso faz com que aumente a pena pra 19 anos, depois desse período ele ganha a liberdade e vai tentar achar abrigo em uma vila mas todos fecham as portas pra ele porque ele fica com aquela stigma por ter sido um condenado, até que ele encontra o fantástico Bispo de Digne que da abrigo a Jean Valjean e é esse bispo que faz com Jean Valjean sofra uma transformação e recomesse sua vida em uma longa caminhada, e no decorrer da história nos deparamos com outros personagens fantásticos como Fantine, Cosette o pequeno Gavroche e enfim.
São histórias incríveis, marcantes que não tem como não se apaixonar por cada um deles, o livro tem uma forte critica social que é a questão da miséria mas que de uma certa forma não foge muito dos dias atuais, Victor Hugo escreve de uma forma poética que é deliciosa, ele é bem descritivo muitas pessoas ficam um pouco incomodadas com o excesso de descrição de Victor porque em determinados momentos do livros está acontecendo uma situação "X" que você quer saber o que vai acontecer e de repente ele para tudo pra falar por exemplo dos esgotos de Paris e isso se estende até ele voltar a cena, mas lá na frente você vai entender o porque ele fez isso. Isso não me incomodou confesso que em determinados momentos foi um pouco cansativo principalmente na parte de Waterloo, mas não o suficiente pra tirar a beleza e a grandiosidade desse livro magnifico.
O que eu tenho dizer desse livro é que é incrível, vale muito a pena ser lido e leitura obrigatória pra quem ainda não leu, com certeza uma obra grandiosa, super recomendadíssimo. 
Outra recomendação também é o filme, o musical na verdade que foi lançado em 2012 com Hugh Jackman que ficou maravilhoso na pele de Jean Valjean e Anne Hathaway como Fantine é um filme belíssimo, apesar de ele ser baseado no musical é bem fiel ao livro em algumas partes, há outras adaptações para o cinema também que valem a pena, ambos com atores magníficos apesar de serem adaptações diferentes.
É isso pra quem gostou deixem comentários ou compartilhem e até mais.

   

"Um exercito é uma estranha obra de arte combinada, cuja força resulta de enorme quantidade de impotências. Assim se explica a guerra, feita pela humanidade, contra a humanidade, apesar da humanidade." 




LIVRO LIDO

Os Miseráveis
Victor Hugo
Editora: Cosac Naify
Ano: 2013/Páginas: 1972